O descarte incorreto do óleo que usamos na cozinha de casa pode ser extremamente prejudicial para o meio ambiente.
Se um litro de óleo entrar em contato com um rio, por exemplo, pode contaminar 1 milhão de litros de água.
Vamos combinar: é a perfeita imagem de desequilíbrio ambiental.
E no caso dos condomínios, o problema é ainda pior. Além do dano ambiental, o descarte errado também gera prejuízos financeiros e transtornos, já que o mesmo danifica e entope as tubulações.
A boa notícia é que a opção por um descarte correto é mais simples do que se imagina e fácil de ser implementada em condomínios.
Os 3 passos para o descarte e coleta de óleo em condomínios
- DESCARTE: para descartar o óleo usado na cozinha é preciso esperar que o mesmo esfrie para, então, o colocá-lo, com a ajuda de um funil, em uma garrafa PET.
- ARMAZENAMENTO: quando a garrafa estiver cheia, o morador deve ser orientado a destinar a garrafa no local estipulado pelo condomínio como ponto de coleta.
- COLETA: atualmente, há diversas entidades – em diferentes regiões – que fazem o trabalho de retirada do óleo de cozinha no local. O condomínio deve buscar firmar uma parceria com uma dessas empresas para que o processo seja devidamente implementado.
O síndico não precisa aprovar em assembleia a coleta seletiva do óleo, mas é interessante aproveitar um encontro do tipo para iniciar a campanha de conscientização sobre o assunto.
Fernando ressalta que ações desse tipo devem impactar periodicamente o condômino, ressaltando sempre que o benefício é tanto em prol da natureza como daquela comunidade.
“Deixar claro que o condomínio vai economizar no médio e longo prazo com cuidados com o encanamento e com a limpeza da caixa de gordura ajuda a manter o interesse e a responsabilidade dos moradores no assunto, além, é claro, da contribuição com o meio ambiente, que é fundamental”, argumenta ele.
Como escolher o parceiro
Para ele, também é importante que o síndico escolha um parceiro que não “deixe o condomínio na mão” e faça a destinação correta do dejeto.
“Opte por um parceiro que seja bem-estruturado e que não vá demorar duas semanas para retirar o material”, aconselha Fernando.
Além de fazer as coletas com pontualidade, opte por um parceiro que ofereça a possibilidade de se rastrear esse óleo, dando um fim correto para o mesmo.
“O mais importante é saber que esse óleo não vai contanimar a água e o solo. Pelo contrário: ele estará ajudando a gerar oportunidades“, ressalta Célia da Ecóleo.
Ao entrar em contato com uma entidade, você pode também perguntar sobre outros condomínios que tenham essa parceria firmada. Dessa forma, é mais fácil saber quais os pontos fortes e fracos do parceiro e se o mesmo realmente faz o descarte correto do óleo.
Como envolver mais pessoas
Para dar continuidade à ação de descarte e coleta de óleo, também é interessante e válido montar uma comissão de sustentabilidade para cuidar do assunto, que pode englobar outras ações do condomínio, como coleta seletiva, uso consciente da água e a troca de lâmpadas comuns pelas de LED.
“Se reunindo uma vez por mês e acompanhando resultados como o volume de arrecadação do óleo e de outros materiais, além de comunicar à comunidade sobre esses números e o impacto positivo que isso gera no meio ambiente com certeza incentiva os moradores a seguirem as boas práticas”, conclui Geraldo, do Secovi.
Esse tipo de ação continuada é fundamental para que os moradores não desistam do descarte correto do óleo.
“Percebemos que em locais onde há mais comunicação para os moradores, há maior engajamento”, afirma Maria Antonieta Storimo, gerente da Lirium, entidade que também faz o recolhimento do óleo em condomínios.
Fonte: Síndico net