5 erros comuns na hora de reformar e decorar e como evitá-los

1. Parta do existente
Ainda na faculdade ouvi essa frase de um professor de Planejamento Urbano e, desde então, essa se tornou uma das minhas maiores verdades na hora de projetar. Em tempos de excesso de informação, principalmente a avalanche de imagens vindas de redes sociais, como Instagram e Pinterest, é sempre uma tentação tentar adaptar uma ideia ou copiar literalmente algo que gostamos. Acontece que projetar é, antes de tudo, respeitar aquilo que já está ali na nossa frente. As melhores ideias, por exemplo, tomam como partido características intrínsecas do espaço que não podem ser mudadas, mas que serão o ponto de partida para as maiores sacadas. Portanto, quando gostar de algo tente, antes de tudo, identificar ali o seu gosto pessoal e não “roubar” a ideia em si.

2. Todo projeto evolui
Quando iniciamos uma obra, é preciso se preparar para mudanças ao longo do percurso. Costumo sempre alertar os clientes que o processo de uma reforma/decoração dificilmente é finalizado antes de seis meses. Esse é um prazo mínimo absolutamente coerente e pode se estender até um ano ou mais conforme o ritmo de decisão e fechamento de orçamentos. Por ser um tempo longo, e por se tratar da nossa casa, é normal a indecisão e a mudanças de ideias ao longo desse tempo. Todo projeto amadurece e evolui.

Essas pequenas alterações podem realinhar a escolha dos acabamentos, de cores ou mesmo o afinamento do layout inicial e a disposição dos móveis. Uma vez que nada ainda tenha sido comprado ou fechado vale a pena reestudar, repensar e até mesmo mudar de ideia quando existe um consenso de que o resultado final será melhorado.

3. Priorize os espaços conforme seu uso
Em tempos de grandes e rápidas mudanças, o programa de uma casa ou apartamento não é mais o mesmo de anos atrás. Com apartamentos cada vez menores, não há mais uma regra para a distribuição dos ambientes, ou seja, o que foi pensado pela construtora ou pelo antigo morador não deve ser tratado como verdade absoluta. Tenha em mente que você é quem define o que é prioridade na sua casa. Por exemplo, se você gosta de se jogar em um sofá confortável e assistir filmes ou séries, faça desse espaço o principal da sua casa e não se preocupe com a divisão tradicional de uma sala principal de estar, para receber, e outra menor para assistir TV.

Com a proliferação de restaurantes e o hábito cada vez mais frequente de fazer as refeições fora de casa, veja se realmente existe a necessidade de uma mesa de oito lugares ou se ela será usada apenas uma ou duas vezes por ano. A decoração do futuro será cada vez mais personalizada e tudo que é impessoal e tratado como regra será banido.

4. Jamais comece pela compra dos móveis
Usar um móvel como ponto de partida para o projeto da casa é um erro comum. Algumas escolhas são desastrosas e a atenção deve ser maior com as peças de maiores dimensões, como sofás e mesas de jantar. É muito mais fácil acomodar uma poltrona e mesas laterais em qualquer ambientação.

Sempre alerto meus clientes: o melhor momento para pensar em decoração é após a marcenaria projetada e encomendada.

5. Pense na decoração como um todo
Por mais que você tenha prioridades para a decoração, tente se organizar por ambientes em vez de comprar um móvel para cada lugar da casa. A decoração deve sempre ser pensada como um todo e, se possível, definida de uma vez só. Quando você altera um tecido ou o desenho de uma poltrona, a mudança reverbera no sofá, no tapete, na mesa lateral e seus respectivos acabamentos. Tentar consertar algo que foi começado exige muito mais de todos para um resultado harmônico e bonito no final.

Fonte: Revista Casa e Jardim

Seguir regras evita transtornos durante obras em prédios e condomínios

Ter bom senso e política de boa vizinhança faz com que não haja problemas, além da perturbação causada pelos pedreiros.

Reformas causam transtornos, principalmente se a obra ocorre dentro de prédios e/ou condomínios. Afinal, sempre há algum tipo de sujeira ou barulho decorrente da reforma. Para evitar desgastes, além da perturbação causada pelos pedreiros, é preciso seguir as leis e regras impostas.

De acordo com Celso Henrique Mazuchi, diretor de administração condominial da regional do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi), ao decidir fazer uma obra dentro de casa, o condômino deve, inicialmente, se atentar às regras da convenção e do regulamento interno do condomínio quanto aos horários e dias permitidos, assim como observar as regras de silêncio e limpeza para sempre recolher os dejetos da obra.

“O condômino também tem de comunicar, expressamente, o síndico e a administradora sobre as obras ou melhorias a serem realizadas e, se for o caso, enviar projeto devidamente acompanhado pela Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do engenheiro responsável. Jamais o condômino pode iniciar ou programar os serviços sem o consentimento expresso do representante do condomínio”, afirma.

Depois de autorizada a obra, o morador tem de cadastrar, previamente na portaria, todos aqueles que irão trabalhar no local para evitar o acesso de pessoas não autorizadas e colocar em risco a segurança dos outros moradores. Mazuchi explica que, quando se contrata um serviço terceirizado, o morador também tem de repassar à administração os dados da empresa contratada. Já que estranhos frequentarão o condomínio/prédio.

Outro cuidado é quanto à estrutura, que não pode ser modificada ou prejudicada pela obra, principalmente em casos de apartamento. Caso o morador não siga os horários permitidos para a execução das obras, por exemplo, são aplicadas as sanções legais previstas na convenção condominial ou no regulamento interno, que, entre as sanções, pode ter advertência, notificação e multa. Se não resolver, a pessoa pode até responder civilmente.

Mazuchi lembra que, em condomínio, a regra básica de boa vizinhança é a tolerância, o respeito, os bons costumes e a cordialidade.

Ele diz que, dessa forma, é possível evitar qualquer tipo de animosidade e desavença, mas, quando a briga é inevitável, o papel do síndico é ouvir as partes e se reportar à administradora, que o orientará sobre as medidas a serem tomadas contra a parte infratora, se for o caso.

“O síndico é o representante legal, eleito pela coletividade, para fazer cumprir as regras estabelecidas e convencionadas”, ressalta. Mazuchi afirma que os responsáveis pela edificação também devem ser comunicados para garantir que nenhuma ação prejudique a estrutura do prédio.

Outra funcão do síndico ao constatar alguma irregularidade na obra é alertar o morador, mas, se ele não corresponder ao alerta, o síndico pode mandar fazer o reparo e depois acioná-lo judicialmente, caso não tenham resolvido a questão sem chegar a este extremo. O diretor do Secovi lembra que o cumprimento das regras para reformas de unidades autônomas (apartamentos) depende da rigidez como o condomínio trata. Normalmente, a fiscalização começa dentro do próprio condomínio, mas, conforme a situação, o próprio condomínio aciona o poder publico.

O que fazer antes de começar a reforma

  • Comunicar o síndico;
  • Seguir normas do regimento interno;
  • Procurar profissionais qualificados;
  • Contratar um engenheiro ou arquiteto para projetar e/ou executar a obra;
  • Ter os dados completos da pessoa ou empresa contratada;
  • Ter cuidado com a parte elétrica e hidráulica;
  • Respeitar os horários e dias da semana para executar as obras.

Fonte: G1